quarta-feira, 1 de julho de 2015

Sobre a flor...

Meu bem, cortaram a flor. Aquela, que enfeitava minhas terças-feiras, durante a aula que eu detestava. Cortaram a flor que me fazia acreditar nas pequenas coisas que embelezam até mesmo os momentos mais sem cor. Podaram aquilo que trazia cor ao meu semestre. Irônico, não é? Aquela flor durou o tempo do nosso amor, meu bem. Lembro que você gostava dela, que achava bonito a poesia que ela trazia àquela sala. A foto ainda está salva no meu celular, pra me lembrar que, por mais que eu amasse aquela flor, ela também se foi da minha vida. Agora a sala voltou a ser somente uma sala comum, com nada que a diferencie das outras. É só mais um espaço determinado por quatro paredes, aonde eu sento pra ouvir sobre algo que não gosto. Assim como você, que chegou, coloriu minha vida e foi embora, de repente, quando eu menos esperava, decidindo se tornar apenas mais um desconhecido na rua. Tudo bem, meu bem. A dor da sua despedida passou. As lágrimas que eu derramei por perder a flor e você serviram pra fertilizar o solo do meu coração. Agora outra semente foi plantada e sei que não vai demorar muito pra outra flor surgir. Quem sabe até mais esbelta e colorida do que aquela pela qual chorei tanto. Sim, meu bem, isso é o meu adeus. Segui em frente. Se algum dia quiser saber aonde estou, saiba que estou cuidando do meu jardim, dando carinho às flores que sempre enfeitaram minha vida e àquelas que desabrocham aos poucos, pra colorir os meus dias.
Fui questionada sobre o amor e, pela primeira vez em um bom tempo, me peguei sem saber o que falar a respeito. Não por faltarem palavras a serem ditas, mas por haver coisas demais guardadas no fundo do peito. Como falar sobre um dos responsáveis pela maior parte das feridas e cicatrizes que carrego? Como dizer sobre aquilo que sempre almejei alcançar, mas que sempre me escapou pelos dedos? Como escrever sobre algo que cresci desejando, mas que a vida me fez duvidar da existência? Saí então pesquisando sobre o tão comentado amor para ao menos tentar escrever algo produtivo. Calma! Não cheguei ao nível de pesquisar no Google “o que é o amor?”, ou então “como encontrar o amor?”, mas fui revirar meus maiores aliados pra escrita: minhas músicas, meus filmes, seriados e livros. Porém, o amor os confunde também. Alguns dizem ser maravilhoso. Outros dizem ser a pior coisa que pode acontecer com alguém. Infelizmente, dessa vez, eles não conseguiram me ajudar. Quando estava prestes a desistir dessa missão, minha memória decidiu me salvar. Lembrei de certas cenas que marcaram minha vida. Lembrei do meu primeiro amor, das noites sem dormir, das borboletas no estômago, das músicas que me lembravam ele, dos sorrisos dados e também das lágrimas derramadas por ele. Em seguida, lembrei dos próximos amores que tive em minha vida. Lembrei de todas as cartas e outros textos que eles me inspiraram a escrever, de como eles me fizeram mudar e de como me marcaram, cada um de uma forma diferente, mas todos de forma profunda. Além disso, me peguei olhando um presente que recebi: o caderno aonde estou escrevendo esse texto. Ele tem um significado especial. É o símbolo de um recomeço. Recebi de alguém especial, alguém que está tentando me mostrar o amor. Alguém que têm se esforçado todos os dias para fazer meu mundo mais colorido e mais divertido. Alguém que conseguiu trazer meu sorriso mais sincero de volta. Não posso afirmar já que o amo, mas com certeza quero amá-lo! Quero tê-lo ao meu lado para enfrentar o pior e o melhor que a vida puder ofertar e, talvez, daqui vários anos, eu ainda tenha ele ao meu lado. Quem sabe, assim como aconteceu com meus tios-avós, estaremos um dia, juntos, com a família reunida, celebrando o amor que venceu mais uma vez. Sei que parece precipitado pensar sobre isso, a vida passa muito rápido e deve-se sempre saber o que se quer para o futuro. De qualquer forma, cheguei à conclusão de que só posso afirmar uma coisa sobre o amor: ele é a única coisa que pode te machucar e ao mesmo tempo curar todas as suas feridas! O importante é nunca fechar seu coração a um novo amor, pois, apesar de alguns machucarem ao irem embora, chegará um que fechará todas as feridas e fará com que você veja que todos valeram a pena no final das contas. Amar sempre vale a pena!

domingo, 17 de maio de 2015

Meu bem, hoje eu estava assistindo Namoro ou Liberdade, um filme simplesmente sensacional e extremamente viciante, que sinto que todos deveriam assistir e, olha só, lembrei de você. Lembrei do que você me falou, sobre seu medo de entrar em relacionamentos e se magoar, sobre querer um tempo sozinho, sobre ser muito novo. O que eu poderia fazer? Apenas tive que aceitar, te deixar ir embora, já que você quis desistir de tudo por medo. Mas, me responda uma coisa, por que todo esse medo? Até quando você vai deixar o medo de se magoar te impedir de viver de verdade?
Foram tantas coisas ditas naqueles dois meses. Tantos momentos simplesmente ótimos. Você me disse que estava quase certo de que eu era "the only one". Me disse que eu sou tudo o que você gostava. Então, por que não arriscar? Por que terminar bruscamente algo que estava indo tão bem?
Agora, sei que você não está bem. Seu olhar demonstra isso. Ele voltou a carregar uma tristeza profunda, que poucos percebem, mas que está lá. Será que você sente saudades? Será que de vez em quando chora, assim como eu, ao lembrar? Será que acorda no meio da noite e fica triste ao lembrar de mim? O que pensa enquanto assiste Grey's Anatomy? Não sei se algum dia você chegará a ler isso, mas, se fizer, lembre-se. Lembre de todas aquelas frases do seriado, do conselho do Mark. Não espere ser tarde demais para ser feliz. A vida pode não dar uma segunda chance. Não espere ser tarde demais para dizer o que sente, para enfrentar seus medos e decidir arriscar ser feliz.

sábado, 16 de maio de 2015

Entre. Sinta-se à vontade. Mas tome cuidado por onde anda. Ainda estou tentando arrumar essa bagunça que eu chamo de vida. Se quiser me ajudar nessa missão, será muito bem vindo. Mas não se sinta obrigado a nada. Só o fato de estar por perto já ajuda de formas que talvez você nunca entenda.
Sorria! Pois o seu sorriso é capaz de trazer sol para qualquer dia nublado.
Me abrace! Quanto mais apertado melhor! Talvez nesse abraço os meus pedaços consigam se juntar novamente.
Não se assuste com as minhas cicatrizes e feridas ainda abertas. Não são bonitas, eu sei, mas elas me lembram de que sou forte e não é qualquer coisa que me derruba definitivamente.
Me assuste! Chegue de surpresa, me veja dar um pulo e, logo em seguida, sorrindo e rindo por ser você a me surpreender mais uma vez.
Me escute! Desperdice algum tempo para me ouvir falando, mesmo que seja só mais uma cantada, pois eu não faço isso com qualquer pessoa. Na realidade, você é o primeiro para quem falo tanto e pra quem demonstro o que sinto, mesmo que através de brincadeiras bobas.
Veja! Perceba, ao chegar, que estou ansiosa por te esperar. Note como meus olhos tentam absorver você inteiro, todos os detalhes que puder.
Fale sobre o que quiser. Histórias suas, sobre livros, músicas, filmes, seriados, política, religião. O que quiser, pois eu apenas quero saber mais e tentar te entender.
Venha! Me procure quando estiver mal, querendo um pouco de colo e cafuné. Se não quiser, não precisa contar tudo, mas me deixe cuidar de você, tentar diminuir o peso que você carrega sobre os ombros. Mas me procure quando estiver bem também. Me deixe me alegrar com a sua alegria.
Compartilhe! A cama, a comida, as risadas, as lágrimas, a preguiça, o que quiser.
Confie! Fui ensinada a ser fiel e, se te escolhi, permanecerei leal até o fim, para todas as horas.
Por último, me deixe ser seu porto seguro e, por favor, seja o meu. Há muitos anos que não tenho um e me sinto sozinha, perdida na minha própria vida.